11º. Hábito
Habitue se a lavar as
mãos várias vezes por dia, antes e depois de usar o banheiro. Quem tem esse hábito ganha dinheiro, tem saúde
e consequentemente gera riquezas.
Escrevi isso uns 02
anos antes da pandemia chegar! Já podíamos desenvolver esses hábitos muito
tempo antes de catástrofe de saúde chegar ao Brasil
Investir em
saneamento básico, e educação sanitária é muito mais barato que construir hospitais,
manter ambulatórios, utís, ctìs e etc.
Normalmente entramos
nos sanitários com as mãos cheias de bactérias e vírus externos e tocamos em
nossos membros, só lavamos as mãos na saída. O simples fato de lavar as mãos
antes e depois de usar o banheiro, diminuem muito a incidência de diarreias, gripes
e outras viroses, aumentando muito nossa imunidade e melhorando nossos índices
de saúde, evitando contaminações, idas e vindas ao posto de saúde, pronto
socorros e hospitais, evitando perda de tempo, evitando mal estar e despesas com
medicamento, transportes etc., gerando economia. Em tempos de pandemia isso
vital, use mascara corretamente, use álcool gel 70º. Gerar economia produz
riqueza. Quanto menos alguém adoecer, quanto menos formos ao médico, mas saúde,
mais dinheiro, isto também traz dinheiro e gera riquezas.
1. Erradicação de
doenças
De acordo com um
levantamento feito pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde
(DATASUS), mais de 100 doenças podem ser evitadas quando os serviços de
saneamento estão presentes nos municípios.
Quando não há acesso
à água tratada, a população fica exposta a diversos vírus e bactérias
transmissores de doenças. Entre as doenças transmitidas pela água contaminada,
podemos destacar a leptospirose, a diarreia, a hepatite A, as verminoses, as
micoses de pele, etc.
A falta de coleta e
tratamento do esgoto também é um problema. Quando o esgoto corre a céu aberto,
as pessoas ficam expostas a micro-organismos causadores de doenças que se
desenvolvem em ambientes insalubres. Além disso, esses ambientes são favoráveis
para a reprodução do mosquito transmissor de enfermidades como dengue, Zika e
Chikungunya.
Assim, uma das
principais vantagens de investir em saneamento é a erradicação ou diminuição da
ocorrência de doenças na população, bem como diminuição de surtos e epidemias.
O acesso à água de
qualidade nas torneiras e à coleta e ao tratamento de esgoto faz com que as
pessoas tenham uma melhoria significativa na qualidade de vida. Há ganhos em
saúde e bem-estar que refletem até na educação e no trabalho.
Essa relação em geral
passa despercebida, mas é fato que o acesso ao saneamento básico proporciona
melhores oportunidades de trabalho e influencia positivamente nos indicadores
de educação. Como vimos acima, com mais saneamento, as pessoas ficam menos
doentes. Assim, crianças e adultos faltam menos e têm desempenho melhor em seus
trabalhos e estudos, o que possibilita mais chances de um futuro melhor.
Já aqueles que
residem em áreas sem acesso aos serviços ficam mais propensos a vivenciar
atrasos na escola e perda de produtividade. Esse é um problema que impacta
inclusive as gerações futuras.
As regiões com um bom
investimento em saneamento também costumam ter paisagens mais bonitas e
recursos hídricos preservados. Todos esses aspectos trazem mais qualidade de
vida para a população.
3. Melhoria nos
indicadores de saúde
Segundo um estudo feito pelo Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), cerca de 65% das internações hospitalares infantis são provocadas por conta de problemas de saneamento básico, como a dificuldade do acesso à água tratada e aos serviços de coleta e tratamento de esgoto.
Só a diarreia é
responsável pela morte de 361 mil crianças com menos de 5 anos no mundo todo
anualmente. O acesso à coleta de esgoto e à água tratada poderiam evitar 88%
dessas mortes. Números como esses são preocupantes e refletem nos índices de
mortalidade infantil e nas despesas públicas com internações hospitalares.
Entre as principais
vantagens de investir em saneamento está a melhoria desses indicadores. Mais do
que números, é preciso reverter o que eles representam, ou seja, a alta taxa de
mortalidade de pessoas e a sobrecarga do sistema público de saúde brasileiro.
4. Aumento do Índice
de Desenvolvimento Humano
O Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH) classifica os países em dois tipos: desenvolvidos
ou subdesenvolvidos. Ele leva em consideração uma série de fatores, como
expectativa de vida da população, a renda per capita etc. Assim, os países
recebem uma espécie de nota, que varia de 0 a 1. Quanto mais perto de 1 for
esse número, melhor é o IDH do país.
Quando há investimento
em saneamento, há melhorias na saúde, na empregabilidade e no meio ambiente,
com impactos positivos na economia e na qualidade de vida da população. Logo,
há um aumento do Índice de Desenvolvimento Humano.
Para se ter uma
ideia, 14 milhões de pessoas são afastadas do trabalho todos os anos por
diarreia ou vômito, ficando em média 3,32 dias longe das atividades. Essas
horas não trabalhadas custaram R$ 872 milhões em 2015. Caso o saneamento fosse
universalizado, haveria potencial para criar 50 mil postos de trabalho, que
injetariam R$ 7,2 bilhões em salários na economia.
Atualmente, o IDH do
Brasil é 0,759, ocupando a 79ª posição do ranking, atrás de países como a
Venezuela, o Sri Lanka, o Iraque, entre outros. Já a Noruega ocupa o primeiro
lugar da lista, com 0,953. Isso mostra como estamos distantes do chamado
“primeiro mundo”, e investir em saneamento é fundamental para que esse índice
melhore.
5. Redução de gastos
em saúde pública
Por consequência da
queda de ocorrências de doenças, as internações hospitalares no sistema público
de saúde também diminuem. Logo, há uma redução nos gastos em saúde pública, um
dinheiro que pode ser aplicado em melhorias para a população.
Para se ter uma
ideia, o custo de uma internação por infecção gastrointestinal pelo SUS é de R$
355,71 por paciente. Se todo mundo tivesse acesso à coleta de esgoto, teríamos
74,6 mil internações a menos aqui no Brasil.
6. Preservação do
meio ambiente
Você sabia que 23%
dos rios brasileiros têm a água considerada como ruim ou péssima? Esse dado
preocupante foi revelado por um estudo feito pela ONG SOS Mata Atlântica.
Além disso, um rio ou
córrego que sofre alguma contaminação impacta na sobrevivência de várias
espécies de uma cadeia alimentar, o que pode afetar um ecossistema inteiro.
Para a população, isso pode significar um surto de doenças ou uma infestação de
insetos ou pragas, por exemplo.
A degradação
ambiental é um dos impactos mais visíveis da falta de saneamento. Segundo
estudos do Instituto Trata Brasil, todos os dias, 3.500 piscinas olímpicas de
esgotos são despejadas em cursos d’água pelas 100 maiores cidades brasileiras.
Por conta disso, é
preciso que haja conscientização sobre a necessidade de investir em saneamento,
para que haja a preservação do meio ambiente e mais rios não sejam poluídos e
habitats e ecossistemas destruídos.
7. Estímulo ao
turismo
O investimento em
saneamento também faz com que o turismo das regiões seja estimulado. A
justificativa para isso é que os rios, os lagos e os mares serão despoluídos e
as paisagens naturais se tornarão mais bonitas e atrativas.
Em locais com praias
próprias para banho, por exemplo, as propriedades ligadas às redes de
distribuição de água e de coleta de esgoto são mais valorizadas, com resultados
positivos até no mercado imobiliário. Além disso, com o turismo valorizado, a
geração de renda aumenta para os trabalhadores do setor e para os comerciantes
locais.
Essas são as grandes vantagens de investir em saneamento. Conhecê-las é importante para compreender e refletir sobre nossas responsabilidades com a preservação dos recursos naturais e para exigir acesso a serviços públicos básicos de qualidade. Tudo isso resulta em impactos diretos na qualidade de vida de comunidades inteiras, e é por esse motivo que o assunto recebe ainda mais relevância e deve ser encarado como uma pauta coletiva.
Extraído do blog saneamento em pauta.
http://mon.net.br/13tna6
